quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Amada de minh'alma! (à minha amada esposa - III)

Usando termos bíblicos: “Ó amada de minh’alma!”.

Pois é isso que você é, minha querida – amada não só pelos meus sentimentos, pelo meu coração, pela minha mente... Mas pela minha alma.

Quando penso em você, não se trata de um simples homem que se apaixonou e que gosta de sua esposa; sou, antes, um simples homem cuja alma inquieta encontrou a parte que lhe faltava, a parte linda, alegre, o encaixe perfeito.

Assim que a vi, Ana Carmem, minha alma a amou. Não a amei primeiro só com a mente, nem só com o físico – foi coisa da alma. Somente assim posso explicar a convicção que tive quando, sem jamais tê-la visto, sem sequer saber seu nome, sem conhecer nada de você, minha alma falou: “esta será minha esposa querida, a mãe de meus filhos”. Nosso destino estava selado, e mesmo sem nos conhecermos, nenhum de nós podia fugir dele.

Hoje, olho para trás e vejo a bondade de Deus comigo, ao me presentear com a melhor companheira que um homem poderia querer. Olho para frente, e vejo como Deus tem planos maravilhosos para nossa família. Nem quero saber se estarei aqui ou não, só sei que, nesses anos todos, Deus construiu uma mulher-mãe virtuosa, batalhadora, forte, inteligente, paciente, capaz e, sobretudo, lindíssima – por dentro e por fora. Poderia eu, e nossos filhos, termos privilégio maior? Meu coração está sereno, confiante de que, se estarei com vocês, vou compartilhar com nossos filhos tudo de bom que você é e tem pra dar – e queremos também dar-lhe tudo de bom que pudermos; se não estarei, continuo confiante de que nossos filhos têm a melhor pessoa do mundo para estar com eles: Ana Carmem, o exemplo de mãe.

Sou pecador, sim, meu amor. Peco tantas vezes, inclusive quando falho com você, em nosso relacionamento. Poderia me conformar dizendo que é desse jeito mesmo, que Deus ensina que somos todos pecadores e assim continuaremos até a volta de Jesus... Poderia me justificar dizendo que problemas e responsabilidades grandes demais para meu pobre espírito me atrapalham as emoções e acabo pecando até contra quem amo. Mas não seria justo me defender assim.

Cada vez que peco contra você, esposa e mãe maravilhosa, meu coração fica moído, e nunca sei como reparar meu erro – às vezes, isso pode até me levar a outro erro. Meu amor por você, porém, só cresce a cada dia.Saiba, “ó amada de minh’alma”, que, para mim, você é inigualável. Obrigado por tudo que você tem sido em minha vida e, especialmente, na vida de nossos filhos.

Nesse Dia das Mães, ninguém no mundo merece ser louvada mais do que você.

Lá, de dentro do meu íntimo, minha alma profetiza: “Bem-aventurada esta mulher, Ana Carmem, serva do Deus Altíssimo, pela esposa e mãe maravilhosa que ela tem sido”. E minha alma sorri, alegre e tranqüila, por estar completa, com a parte que me faltava: a alma de Ana Carmem, minha mulher, mãe de meus filhos...

Minha vida é sua, meu amor. Amo você mais do que tudo.

Sempre seu,

Ricardo.

(Dias das Mães, 14/05/2006)

Um comentário:

Anônimo disse...

Que fera Ricardo! Não sabia que vc tinha essa veia poética. De qualquer forma, foi um prazer conhecê-la. Parabéns tb para a sua pessoa-inspiração! Que Deus mantenha viva a poesia na vida dos dois.